"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam."
( Auguste Rodin )
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O Melhor Cantinho Cultural
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quinta-feira, 14 de julho de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
VOZES...
Vozes
Começando agora a nova série de pesquisas que são divulgadas aqui no cantinho cultural, temos como tema a Extenção das Vozes para essa primeira semana temos as seguintes informações:
Vozes
A Música nasceu a muitos séculos atrás, e em sua forma primitiva, era bastante rítmica. As primeiras melodias elaboradas pelos homens, sem duvidas eram cantadas. O canto é uma arte muito popular e acessível. Todos podemos cantar, e não precizamos comprar um instrumento para isso, precizamos de espaço para esse instrumento, nem de energia, nem afinador, nem de novas cordas, de breu, nem de todos os artefatos que vazem parte do cotidiano dos instrumentos. Porém precizamos do mesmo tempo de dedicação e prática.
Hereditariamente recebemos um timbre de voz especial, único e trabalhado além de se tornar tão lido, não irá prejudicar sua saúde. Cantar não é difícil, mas cantar bem e sem prejudicar as pregas vocais requer um pouco de vontade e dedicação. Os exercícios de relaxamento, de aquecimento, e de técnica se praticadas diariamente e com capricho e atenção, serão suficientes para a saúde de sua voz.
Para uma c orreta utilização da voz, deve - se conhecer bem a voz em questão. Saber quais notas essa voz consegue cantar sem forçar as pregas vocais é o primeiro passo para mantêlas saudável.
Professor Algacir Elias Portela
Licenciado pela FAP - Faculdade de Artes do Paraná - CRM 13.237 PR.
Começando agora a nova série de pesquisas que são divulgadas aqui no cantinho cultural, temos como tema a Extenção das Vozes para essa primeira semana temos as seguintes informações:
Vozes
A Música nasceu a muitos séculos atrás, e em sua forma primitiva, era bastante rítmica. As primeiras melodias elaboradas pelos homens, sem duvidas eram cantadas. O canto é uma arte muito popular e acessível. Todos podemos cantar, e não precizamos comprar um instrumento para isso, precizamos de espaço para esse instrumento, nem de energia, nem afinador, nem de novas cordas, de breu, nem de todos os artefatos que vazem parte do cotidiano dos instrumentos. Porém precizamos do mesmo tempo de dedicação e prática.
Hereditariamente recebemos um timbre de voz especial, único e trabalhado além de se tornar tão lido, não irá prejudicar sua saúde. Cantar não é difícil, mas cantar bem e sem prejudicar as pregas vocais requer um pouco de vontade e dedicação. Os exercícios de relaxamento, de aquecimento, e de técnica se praticadas diariamente e com capricho e atenção, serão suficientes para a saúde de sua voz.
Para uma c orreta utilização da voz, deve - se conhecer bem a voz em questão. Saber quais notas essa voz consegue cantar sem forçar as pregas vocais é o primeiro passo para mantêlas saudável.
Professor Algacir Elias Portela
Licenciado pela FAP - Faculdade de Artes do Paraná - CRM 13.237 PR.
sábado, 22 de janeiro de 2011
ESCLARECIMENTOS SOBRE A CULTURA MUSICAL...
Há, por todos os rincões do planeta Terra, talentos que se escondem, quando deveriam - isto,sim - deixar que se exteriorizassem seus riscos conhecimentos em favor daqueles que procuram, da maneira que lhes é possível, descortinar os horizontes da sabedoria. A cultura de um povo depende, inegavelmente, do esforço de cada indivíduo; se este não se manifesta em prol da cultura, que se pode esperar das gerações porvindouras? É, portanto, necessário que lutemos; é preciso que façamos alguma coisa no sentido de que amanhã, povos estrangeiros tenham motivos de sobra para nos aplaudir e tirar dos seus velhos arquivos as músicas brasileiras que lá se encontram esquecidas, abandonadas! Observe-se que, de vez em quando, certas editoras lançam coleções de discos, nos quais vamos encontrar músicas de grandes compositores. Duvidamos, entretanto, que haja, dentre estes, aquele que deixou Milão de boca aberta e que empolgou o resto do mundo : o nosso querido Carlos Gomes, por cuja memória tão pouco ou nada se tem feito! Tudo isso mexeu-nos por dentro e, conquanto não nos nivelemos aos grandes valores da seara musical, permitimo-no arregaçar as mangas e escrever esta obra.
Pesquisa de livro (Tratado de Instrumentação, Costa Gerson, p.9, 1988).
Professor Algacir Elias Portela
Licenciado pela FAP - Faculdade de Artes do Paraná - CRM 13.237 PR.
Pesquisa de livro (Tratado de Instrumentação, Costa Gerson, p.9, 1988).
Professor Algacir Elias Portela
Licenciado pela FAP - Faculdade de Artes do Paraná - CRM 13.237 PR.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
DANÇAS FANDANGUEIRAS...
O Fandango começa ao anoitecer, sete ou oito horas, e só termina de manhã, depois do sol nascido. É comum dançarem a noite de sabado para domingo, descansarem durante o dia, e recomeçarem à noite, de domingo para segunda emendando assim duas noites consecutivas. No carnaval, o Fandango se estende por 3 ou 4 noites seguidas, estabelecendo-se mesmo uma porfia, entre dois ou três conjuntos, para ver qual o que aguenta até o amanhecer. Bebidas, comidas, desafios de cantadores, por eles conhecidos como profias (porfias), enchem os intervalos nas noites do Fandango.
Errar no Fandango é fazer balaio, e desfeita faz a folgadeira que se recusa a dançar.
O passo característico do Fandango, e que entra em quase todas as marcas, é o oito. O cavalheiro, dançando, descreve um oito, tendo por centro dos dois círculos as duas folgadeiras que se encontram à sua frente e atrás de si, na roda.
O passo característico do Fandango, e que entra em quase todas as outras festas populares, a força de absorção da terra, o poder tremendo de assimilação que o meio exerce sobre o homem. No local denominado Balneário, na Praia Leste, encontramos, como mestre de Fandango, o senhor João Cláudio Filier, filho de franceses e todo ele de aspecto gaulês. Da mesma forma, em Morro Grande, município de Cerro Azul, encontramos um Schelder comandando a Dança de São Gonçalo.
Nas diversas marcas do Fandango, sente-se, nos batidos, quer na paladas (sempre batidas nos intervalos do sapateado), a influência viva de Portugal e Espanha.
Os textos musicais que se seguem, tomados uns na Colônia de Pescadores da Costeirinha, na barra do rio Guaraguaçu (Município de Paranaguá), outros na Colônia de Pescadores do Pontal do Sul, na Praia Leste, também no município de Paranaguá, representam apenas a linha melódica do canto. O grupo do Pontal do Sul desenvolve na parte instrumental, sobretudo a rebeca, uma outra frase melódica, em contraponto, não resgistrada neste trabalho. Este grupo, melhor na afinação e na parte instrumental de um modo geral, tem um mais pronunciado sabor de primitivismo, que encanta e atrai pela sua ingenuidade.
Continua...
Marcas (Parte Final)
Professor Algacir Elias Portela
Licenciado pela FAP - Faculdade de Artes do Paraná - CRM 13.237 PR
Errar no Fandango é fazer balaio, e desfeita faz a folgadeira que se recusa a dançar.
O passo característico do Fandango, e que entra em quase todas as marcas, é o oito. O cavalheiro, dançando, descreve um oito, tendo por centro dos dois círculos as duas folgadeiras que se encontram à sua frente e atrás de si, na roda.
O passo característico do Fandango, e que entra em quase todas as outras festas populares, a força de absorção da terra, o poder tremendo de assimilação que o meio exerce sobre o homem. No local denominado Balneário, na Praia Leste, encontramos, como mestre de Fandango, o senhor João Cláudio Filier, filho de franceses e todo ele de aspecto gaulês. Da mesma forma, em Morro Grande, município de Cerro Azul, encontramos um Schelder comandando a Dança de São Gonçalo.
Nas diversas marcas do Fandango, sente-se, nos batidos, quer na paladas (sempre batidas nos intervalos do sapateado), a influência viva de Portugal e Espanha.
Os textos musicais que se seguem, tomados uns na Colônia de Pescadores da Costeirinha, na barra do rio Guaraguaçu (Município de Paranaguá), outros na Colônia de Pescadores do Pontal do Sul, na Praia Leste, também no município de Paranaguá, representam apenas a linha melódica do canto. O grupo do Pontal do Sul desenvolve na parte instrumental, sobretudo a rebeca, uma outra frase melódica, em contraponto, não resgistrada neste trabalho. Este grupo, melhor na afinação e na parte instrumental de um modo geral, tem um mais pronunciado sabor de primitivismo, que encanta e atrai pela sua ingenuidade.
Continua...
Marcas (Parte Final)
Professor Algacir Elias Portela
Licenciado pela FAP - Faculdade de Artes do Paraná - CRM 13.237 PR
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
INSTRUMENTOS MUSICAIS DO FANDANGO...
O acompanhamento do Fandango é feito por um pequeno conjunto musical, constituido de uma ou duas violas, uma rebeca e um adufo (pandeiro).
Os músicos cantam junto com a música, mas os que dançam não cantam. Por vezes o violeiro não se contentava com tocar e cantar, mas ainda bate, braceia, valsa e larga a viola para bater palmas.
Na letra, encontram-se décimas tradicionais, conhecidas em outros estados e em Portugal. Uma parte, porém, é improvisação de momento, que vai brotando espontânea da alma dos violeiros.
A viola tem geralmente seis cordas (às veses sete), incluindo a meia-corda, chamada turina. É construída pelos próprios pescadores, de uma madeira denomida cacheta, com requintes de acabamento artístico. A cacheta é uma árvore grande e grossa, útil para construção, e que não é afetada pelo cupim. No corpo da viola fazem incrustações de canela ou imbuia, representando pombinhas e desenho geométricos.
A rebeca tem três cordas (às vezes quatro) e é também feita de cacheta, tendo o braço e o arco de canela preta ou cedro. O sedenho do arco é feito de crina de rabo de cavalo ou mesmo de fio de linha.
O adufo é coberto com couro de cutia ou de mangueiro (cachorro do mangue), sendo de salientar a superioridade do couro de cutia.
Pesquisa: Caderno de Folclore - Fernando Corrêa de Azevedo 1978
Continua...
Danças Fandangueiras.
Professor Algacir Elias Portela
Licenciado pela FAP - Faculdade de Artes do Paraná - CRM 13.237 PR
Os músicos cantam junto com a música, mas os que dançam não cantam. Por vezes o violeiro não se contentava com tocar e cantar, mas ainda bate, braceia, valsa e larga a viola para bater palmas.
Na letra, encontram-se décimas tradicionais, conhecidas em outros estados e em Portugal. Uma parte, porém, é improvisação de momento, que vai brotando espontânea da alma dos violeiros.
A viola tem geralmente seis cordas (às veses sete), incluindo a meia-corda, chamada turina. É construída pelos próprios pescadores, de uma madeira denomida cacheta, com requintes de acabamento artístico. A cacheta é uma árvore grande e grossa, útil para construção, e que não é afetada pelo cupim. No corpo da viola fazem incrustações de canela ou imbuia, representando pombinhas e desenho geométricos.
A rebeca tem três cordas (às vezes quatro) e é também feita de cacheta, tendo o braço e o arco de canela preta ou cedro. O sedenho do arco é feito de crina de rabo de cavalo ou mesmo de fio de linha.
O adufo é coberto com couro de cutia ou de mangueiro (cachorro do mangue), sendo de salientar a superioridade do couro de cutia.
Pesquisa: Caderno de Folclore - Fernando Corrêa de Azevedo 1978
Continua...
Danças Fandangueiras.
Professor Algacir Elias Portela
Licenciado pela FAP - Faculdade de Artes do Paraná - CRM 13.237 PR
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
FANDANGO DO PARANÁ...
Fandango do Paraná
O Fandango, no Paraná, é uma festa típica dos caboclos e pescadores habitantes da faixa litorânea do Estado, na qual se dançam várias danças regionais, denominadas marcas do Fandango.
Temos registrado perto de trinca marcas diferentes, e muitas outras existem ainda, próprias de cada região em que se dança o Fandango. As que temos anotados são as seguintes: Anu, Xaranzinho, Xará-Grande, Queromana, Tonta, Dondon, Chamarrita, Andorinha, Cana-Verde, Marinheiro, Carangueijo, Vilão-de-Fita, Meia-Canja, Chico, Tiraninha, Lageana, Passeando, Feliz, Serrana, Sabiá, Recortado, Caradura, Sapo, Tatu, Porca, Estrala, Pipoca, Mangelicão, Coqueiro, Pega-fogo, e outras, umas conhecidas em certas zonas e outras, noutras.
As danças se dividem em dois grupos: as batidas e as valsadas ou bailadas. As primeiras se caracterizam pelo sapateado forte, barulhento, batido a tamanco ou sapato. Abafam quase completamente a música do conjunto. Ess e bater do tamanco se chama em alguns lugares rufar. Nas segundas não há sapateado. São uma espécie de valsa lenta, em que cada dançarino baila em geral com o mesmo par, mais se arrastando do que dançando.
As marcas valsadas são intercaladas entra as batidas, para descanso dos bailarinos, intercalando-se geralmente uma valsada depois de duas ou três batidas O sapateado batido a tamanco, com a violência do Fandango tresandando a suor e com a camisa alagada. É conhecido no Balneário de Caiobá, o se. Machadinho, cujo pai tomou o nome de Machado, porque, com a força com que batia o Fandango, quebrava as tábuas do soalho. Os Fandango são dançados sempre em recinto fechado, isto é, dentro da casa, e onde o chão seja de madeira, de modo que haja a devida ressonância do batido.
O sapateado é feito exclusivamente pelos homens. As mulheres não batem o Fandango.
Em Serra Negra, no Rio dos Madeiros e em outros pontos da Baía de Paranaguá, o Fandango é dançado em cima do arroz, a fim de "tirá-lo do casco". A isso se chama "fazer gambá". Alia-se assim ao Fandango uma função econômica, altamente proveitosa.
Não há comando que oriente o desenrolar da coreografia. Os dançarinos seguem a música, aliando à sua execução uma série de convenções sabidas por todos e aprendidas em casa desde crianças.
O ritmo da dança, nos valsados, é diferente do ritmo da música, sendo este último bem mais rápido. Aliás, toda a música do Fandango é quase só ritmo. A linha melódica é muito ideterminada e por vezes imperceptível.
A única voz de comando que se ouve no Fandango é dada como sinal para indicar o fim de qualquer marca: ô de casa! - gritada por um dos violeiros. A esse grito as mulheres saem da roda e os homens batem o arremate.
As ,arcas batodas, embora se componham de partes batidas e valsadas, terminam sempre no batido, com um batido forte, uníssono, dando simultaneamente por todo s os bailarinos.
Antes do início do Fandango ou nos intervalos das marcas, geralmente os cavalheiros batem sapateando pela sala, sem música, por sua prórpia conta, com o fim de convidar, influir e chamar as damas, e, ao mesmo tempo, provocar o início da dança.
O fandango é dançado em toda a faixa litorânea do Paraná ao pé da Serra do Mar e já bastante afastado, portanto, das praias, como em Morretes e Porto de Cima, Na zona praiera, consevando-se melhor nos locais distantes dos balneários e das cidades, ainda não atingidos pela civilização, como o Pontal do Sul, na Praia de Leste; a barra do rio Guaraguaçu; o Rio dos Medeiros; a Serra Negra, etc. Nas zonals balneáreas, como Matinhos, Caiobá e Guaratuba, já perdeu muitos dos seus característicos.
O fandango tem, no Paraná, uma vitalidade e uma pureza rara, embora a tendência em nossos dias, seja para o seu total desaparecimento, dentro de mais duas ou três gerações. Os que mantêm a tra dição do Fandango vívida e pura são os velhos e os homens feitos. Os jovens da nova geração que não querem dançar o Fandango, sentem-se envergonhados e preferem as danças modernas.
É usual o emprego da expressão folgadeira para designar as mulheres que participam do Fandango. Os homens são folgadores. Aliás, é de se ver a atitude apática e indiferente das mulheres, andando molemente, com as mãos metidas nos bolsos dos casacos, sem trejeitos nem requebros. Fisionomias absolutamente inexpressivas. O seu entusiamo pela dança, que é sincero, não se manifesta absolutamente no exterior.
Pesquisa: Caderno de Folclore - Fernando Corrêa de Azevedo 1978
Continua...
Os Instrumentos Músicais do Fandango
Professor Algacir Elias Portela
Licenciado pela FAP - Faculdade de Artes do Paraná - CRM 13.237 PR
O Fandango, no Paraná, é uma festa típica dos caboclos e pescadores habitantes da faixa litorânea do Estado, na qual se dançam várias danças regionais, denominadas marcas do Fandango.
Temos registrado perto de trinca marcas diferentes, e muitas outras existem ainda, próprias de cada região em que se dança o Fandango. As que temos anotados são as seguintes: Anu, Xaranzinho, Xará-Grande, Queromana, Tonta, Dondon, Chamarrita, Andorinha, Cana-Verde, Marinheiro, Carangueijo, Vilão-de-Fita, Meia-Canja, Chico, Tiraninha, Lageana, Passeando, Feliz, Serrana, Sabiá, Recortado, Caradura, Sapo, Tatu, Porca, Estrala, Pipoca, Mangelicão, Coqueiro, Pega-fogo, e outras, umas conhecidas em certas zonas e outras, noutras.
As danças se dividem em dois grupos: as batidas e as valsadas ou bailadas. As primeiras se caracterizam pelo sapateado forte, barulhento, batido a tamanco ou sapato. Abafam quase completamente a música do conjunto. Ess e bater do tamanco se chama em alguns lugares rufar. Nas segundas não há sapateado. São uma espécie de valsa lenta, em que cada dançarino baila em geral com o mesmo par, mais se arrastando do que dançando.
As marcas valsadas são intercaladas entra as batidas, para descanso dos bailarinos, intercalando-se geralmente uma valsada depois de duas ou três batidas O sapateado batido a tamanco, com a violência do Fandango tresandando a suor e com a camisa alagada. É conhecido no Balneário de Caiobá, o se. Machadinho, cujo pai tomou o nome de Machado, porque, com a força com que batia o Fandango, quebrava as tábuas do soalho. Os Fandango são dançados sempre em recinto fechado, isto é, dentro da casa, e onde o chão seja de madeira, de modo que haja a devida ressonância do batido.
O sapateado é feito exclusivamente pelos homens. As mulheres não batem o Fandango.
Em Serra Negra, no Rio dos Madeiros e em outros pontos da Baía de Paranaguá, o Fandango é dançado em cima do arroz, a fim de "tirá-lo do casco". A isso se chama "fazer gambá". Alia-se assim ao Fandango uma função econômica, altamente proveitosa.
Não há comando que oriente o desenrolar da coreografia. Os dançarinos seguem a música, aliando à sua execução uma série de convenções sabidas por todos e aprendidas em casa desde crianças.
O ritmo da dança, nos valsados, é diferente do ritmo da música, sendo este último bem mais rápido. Aliás, toda a música do Fandango é quase só ritmo. A linha melódica é muito ideterminada e por vezes imperceptível.
A única voz de comando que se ouve no Fandango é dada como sinal para indicar o fim de qualquer marca: ô de casa! - gritada por um dos violeiros. A esse grito as mulheres saem da roda e os homens batem o arremate.
As ,arcas batodas, embora se componham de partes batidas e valsadas, terminam sempre no batido, com um batido forte, uníssono, dando simultaneamente por todo s os bailarinos.
Antes do início do Fandango ou nos intervalos das marcas, geralmente os cavalheiros batem sapateando pela sala, sem música, por sua prórpia conta, com o fim de convidar, influir e chamar as damas, e, ao mesmo tempo, provocar o início da dança.
O fandango é dançado em toda a faixa litorânea do Paraná ao pé da Serra do Mar e já bastante afastado, portanto, das praias, como em Morretes e Porto de Cima, Na zona praiera, consevando-se melhor nos locais distantes dos balneários e das cidades, ainda não atingidos pela civilização, como o Pontal do Sul, na Praia de Leste; a barra do rio Guaraguaçu; o Rio dos Medeiros; a Serra Negra, etc. Nas zonals balneáreas, como Matinhos, Caiobá e Guaratuba, já perdeu muitos dos seus característicos.
O fandango tem, no Paraná, uma vitalidade e uma pureza rara, embora a tendência em nossos dias, seja para o seu total desaparecimento, dentro de mais duas ou três gerações. Os que mantêm a tra dição do Fandango vívida e pura são os velhos e os homens feitos. Os jovens da nova geração que não querem dançar o Fandango, sentem-se envergonhados e preferem as danças modernas.
É usual o emprego da expressão folgadeira para designar as mulheres que participam do Fandango. Os homens são folgadores. Aliás, é de se ver a atitude apática e indiferente das mulheres, andando molemente, com as mãos metidas nos bolsos dos casacos, sem trejeitos nem requebros. Fisionomias absolutamente inexpressivas. O seu entusiamo pela dança, que é sincero, não se manifesta absolutamente no exterior.
Pesquisa: Caderno de Folclore - Fernando Corrêa de Azevedo 1978
Continua...
Os Instrumentos Músicais do Fandango
Professor Algacir Elias Portela
Licenciado pela FAP - Faculdade de Artes do Paraná - CRM 13.237 PR
MÚSICA ERUDITA E POPULAR...
Hoje, a música está mais presente no dia-a-dia do que em qualquer outra época da sua história. Qualquer som, desde a mais simples canção até a música sinfônica, pode ser ouvida pelo simples apertar de um botão.
Todo e qualquer som pode ser obtido rapidamente e ao alcance de todos, haja vista que os sintetizadores, samplers e o computador, produzem sons que nunca existiram antes.
Compositores e instrumentistas utilizam-se dessas novas possibilidades, os músicos de influência "Pop" e outras tendências utilizam-se de tal evolução muito mais que os músicos eruditos. O público atual está habituado a assistir a orquestras sinfônicas tocando música popular, como chorinho e até mesmo "rock".
Muitos profissionais da música popular estudam técnicas e formas da música erudita, como é o meu caso, em particular.
Existe ainda a aproximação da música oriental com a ocidental, influências que se fundiram no decorrer da história, a flauta rústica, o alaúde, e outros instrumento foram trazidos do Oriente durante as Cruzadas, há muitos séculos.
Considerando que neste final de século o mundo não passa de uma aldeia, os músicos se sentem em casa, utilizando uma linguagem absolutamente compreendida por todos, e a comprovação disso é mais clara ao falarmos da música instrumental, a que eu me dedico.
A música tem uma linguagem universal, no entanto, ainda existem obstáculo para o estabelecimento de uma música genuinamente universal. Algumas tentativas estão sendo feitas mas ainda existe o orgulho nacional que a fecha hermeticamente nas suas origens, e até pouco tempo atrás a música popular, a oriental ou a erudita tendiam a seguir caminhos opostos.
Neste fim de milênio está ocorrendo uma unificação de formas musicais, compositores instrumentistas, computadores, sintetizadores, instrumentos acústicos, etc.
Guia do Músico
Professor Algacir Elias Portela
Licenciado pela FAP - Faculdade de Artes do Paraná - CRM 13.237 PR
Todo e qualquer som pode ser obtido rapidamente e ao alcance de todos, haja vista que os sintetizadores, samplers e o computador, produzem sons que nunca existiram antes.
Compositores e instrumentistas utilizam-se dessas novas possibilidades, os músicos de influência "Pop" e outras tendências utilizam-se de tal evolução muito mais que os músicos eruditos. O público atual está habituado a assistir a orquestras sinfônicas tocando música popular, como chorinho e até mesmo "rock".
Muitos profissionais da música popular estudam técnicas e formas da música erudita, como é o meu caso, em particular.
Existe ainda a aproximação da música oriental com a ocidental, influências que se fundiram no decorrer da história, a flauta rústica, o alaúde, e outros instrumento foram trazidos do Oriente durante as Cruzadas, há muitos séculos.
Considerando que neste final de século o mundo não passa de uma aldeia, os músicos se sentem em casa, utilizando uma linguagem absolutamente compreendida por todos, e a comprovação disso é mais clara ao falarmos da música instrumental, a que eu me dedico.
A música tem uma linguagem universal, no entanto, ainda existem obstáculo para o estabelecimento de uma música genuinamente universal. Algumas tentativas estão sendo feitas mas ainda existe o orgulho nacional que a fecha hermeticamente nas suas origens, e até pouco tempo atrás a música popular, a oriental ou a erudita tendiam a seguir caminhos opostos.
Neste fim de milênio está ocorrendo uma unificação de formas musicais, compositores instrumentistas, computadores, sintetizadores, instrumentos acústicos, etc.
Guia do Músico
Professor Algacir Elias Portela
Licenciado pela FAP - Faculdade de Artes do Paraná - CRM 13.237 PR
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